Tempos de Itália, tempos de Assis

Essa semana – mais precisamente ontem, dia 13 de junho – começou a tão esperada Festitália em Blumenau. Um evento que acontece desde 1994 para celebrar a cultura italiana na cidade.

É um dos eventos mais aguardados pelos blumenauenses por diversos motivos: atrações culturais como música italiana ao vivo, danças folclóricas, exposições de arte e artesanato, mostras de cinema, e – claro – a gastronomia. Confesso que essa é a minha parte favorita.

Com todo esse clima italiano na cidade, não tem como eu não me teletransportar para 2019. O ano que eu fiz uma das melhores viagens da minha vida e não coincidentemente: para a Itália.

A viagem durou oito dias e eu passei por seis cidades. Desde os clássicos como Milão, Roma e Toscana, até destinos menores de cidades pouco conhecidas. Mas no texto de hoje eu quero apresentar para vocês a cidade que mais encantou o meu coração: Assis.

Muito se fala de São Francisco de Assis, mas pouco se fala sobre a cidade onde ele nasceu.

Meu interesse em conhecer a cidade de Assis começou em 2012, quando eu assisti um vídeo no canal de um dos meus youtubers preferidos. Ele fazia um tour por essa cidade medieval. Cidade que continha vielas de pedras que despertaram leveza e sossego em meu coração. Eu sabia que um dia conheceria. Por isso, quando planejei essa viagem em 2019, não pensei duas vezes em colocar Assis como destino entre Florença e Roma.

Para chegar lá, peguei um trem em Florença até a estação de Assis. Ao chegar na estação de Assis, precisei pegar um ônibus até o centro da vila.

É um lugar místico e muito frequentado por fiéis e turistas. Imaginei que a cidade estaria cheia, porém para a minha surpresa, estava vazia, mas misteriosa e surpreendente.

Passei um dia inteirinho na cidade e caminhei por aquelas ruas que contam mais de dois mil anos de história, observei as pedras, escutei o silêncio.

Indico três lugares para vocês que me surpreenderam muito, turisticamente falando 🙂

Templo de Minerva

Um antigo edifício romano que remonta ao século I a.C. Originalmente construído como um templo dedicado à deusa Minerva, é um dos principais exemplos de arquitetura romana ainda presentes na cidade.

O templo é uma estrutura hexastila, ou seja, possui seis colunas na fachada frontal. Embora tenha sido dedicado à Minerva, durante a Idade Média, foi convertido em uma igreja cristã, como muitos outros edifícios antigos na região.

O Templo de Minerva é um marco histórico e arquitetônico importante em Assis! Pasmem: tem mais de 2 mil anos – essa informação me chocou muito!

Fortaleza Rocca Maggiore

Uma imponente fortaleza localizada na cidade. Situada no topo de uma colina (já separa o fôlego para subir!), mas vale cada passo porque oferece uma vista panorâmica deslumbrante da cidade.

A construção da fortaleza remonta ao século XII, durante o período medieval. Ela foi erguida como uma medida defensiva para proteger a cidade e controlar a região. A Rocca Maggiore desempenhou um papel crucial na defesa da cidade ao longo dos séculos, e sua presença imponente é um testemunho da importância estratégica de Assis durante a Idade Média.

Basílica de São Francisco

Clichê? Sim! Mas os clássicos são muito importantes também. A basílica é composta por duas igrejas principais, a Basílica Inferior e a Basílica Superior, construídas em estilos arquitetônicos diferentes e ricamente decoradas com afrescos e obras de arte de renomados artistas italianos.

A Basílica de São Francisco de Assis é um Patrimônio Mundial da Unesco e um local de grande importância espiritual, cultural e histórica para milhões de pessoas em todo o mundo.

Importante: como muitas igrejas pela Europa, você não pode entrar de shorts, precisei me trocar na frente da igreja para colocar uma calça. E é claro que a indicação bônus é: repare em cada detalhe, cada arte de rua, cada paisagem de tirar o fôlego. Preste atenção nas pedras, nas portas, na mágica daquele lugar. É bem apaixonante.

Uma dica pessoal: quando estive em Assis, almocei em um dos melhores restaurantes que já comi na vida chamado La Lanterna. Escolhi um raviolli de abóbora com trufas negras. Lembro do prato até hoje.

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